The Isley Brothers Family
Tudo começa nos anos 30, o (Sr. Isley) O’Kelly, uma senhor que apesar de enorme e desajeitado tema fala mansa e se mostra muito respeitável, quer muito ter vários filhos e torna-los artistas, um sonho que viria a se tornar realidade mais adiante.
Casdo com Sallye Bernice e foram morar em Lincoln Heights, um subúrbio de Cincinatti, Ohio.
Foram nascendo O’Kelly Jr., Rudolph, Ronald e Vernon, logo cedo o Sr. Isley iniciou os meninos no coral da igreja, uma habito muito comum nos anos 40, aprenderam a importância do canto e a entrega nas performances, em casa ouviam de tudo um pouco por influencia dos pais, decidiram criar o que todos conhecem, os The Isley Brothers, saíram pra se apresentar nos programas de televisão como calouros.
As influencias iniciais foram dos grupos de doo-wop que despontavam como sucesso dos anos 50.
Parecia tudo indo bem ate que um trágico acidente tirou a vida de Vernon, fora atropelado por um caminhão quando andava de bicicleta, neste período o Pai Isley estava em uma situação estranha, tinha dois filhos depois de 10 anos do nascimento dos primeiros Isley Brothers, foi quando após o acidente Sr. O’Kelly decidiu investir pesado nos filhos, uma forma de escape já que a perda do filho havia abalado a todos.
Em 1956, Sr O’Kelly morreu, no mesmo ano os irmãos decidiram ir para Nova York tentar a sorte em uma cidade grande, foram descobertos na rua por Richard Barrett, uma especial de caça talentos, havia encontrado em suas andanças artistas como Frankie Lymon and the Teenagers entre tantos outros, levou os meninos para estúdio, um sonho que quase virou um pesadelo, após 5 singles e nada de estourar, foi quando perceberam que não havia divulgação e decidiram mudar de gravadora, foram pra RCA, veia a ideia de gravar o primeiro single com o que chamavam de “uma coisa”, como eles chamam um parte do seus shows, aonde ficavam gritando e atiçando a multidão, típico dos cultos gospel, “shout!” (“grite!”), um jogo de palavras e gritos, virou um sucesso instantâneo, sabiam que precisavam de mais hits para conseguir algo maior o que não aconteceu tão cedo, mudaram para Nova Jérsei e trocaram de empresário, Bert Berns que alem de comandar o grupo era compositor e mais tarde criaria hits como: “Piece of My Heart” (gravada por Janis Joplin e Dusty Springfield) e “I Want Candy”, alem de ter um talento para descobrir outro artistas entre eles The Drifters.
Bert Berns presenteou o grupo com “Twist and Shout” e com os Isley Brothers a faixa ganhou sua primeira versão o que logo viária a acontecer era a explosão na versão dos Beatles para “Twist and Shout” o que automaticamente levou os Isley a excursionar pela Inglaterra com um jovem pianista acompanho a banda, este jovem era Sir. Elton John.
Com a revolução causado por Beatles, apareceram varias bandas Rock In Roll uma curiosidade e velado era a diferença da cor da pele, os brancos tomaram conta do cenários e os negros tomaram lugar no bom e velho rhythm’n’blues, com exceção ao Mr. James Brown e The Isley Brother que na contramão não ficaram parados e foram a luta, montaram seus próprios shows e fundaram suas gravadoras, Brown comprou a King e Isley com T-Neck, com isto aflora Rudolph e Kelly, os mais velhos, passaram a investir nas estruturas e produzir.
Ronald finalmente liberou seu verdadeiro talento vocal, uma característica marcante da banda, sua voz.
Jimmy Hendricks integrou a banda, tornando amigos dos brothers mais velho e influenciando com seus acordes genias, mais tarde seguiu carreia solo e mudou de nome, Jimi Hendrix e o rock e a guitarra nunca mais foi a mesma.
Apareceu a Motown, a principal gravadora negra nos anos 60, recebidos como estrelas como Marvin Gaye, Four Tops e as Supremes.
O primeiro sucesso foi “This Old Heart of Mine”, O segundo single, “Take Me in Your Arms (Rock Me a Little While)”, sem muita empolgação resolveram caminhar sozinhos e romperam com a gravadora.
Ernie e Marvin os caçulas, cresciam ouvindo as música que os irmãos faziam. Ernie à bateria, Marvin no baixo e o cunhado Chris Jasper ao teclado, resolveram ensaiar e entraram no mundo do Funk. Ronald viu um ensaio dos menores e resolveu cantar um nova musica sobre a base pesada do Funk, o resultado foi sensacional, “It’s Your Thing” titulo que seria o novo trabalho do grupo e pela antiga T-Neck.
Foi a partir deste disco que quebraram todas as barreiras, das fronteiras do Soul e Funk, logo em seguida outros artistas tambem conseguiram romper e dar sequencia no que James Brown havia iniciado nos final do anos 50, deste momento artistas como Isaac Hayes, Marvin Gaye, Stevie Wonder, entre outras lendas se firmaram no cenário mundial.
A transformação de um trio para um sexteto, mostrou que a transição aconteceu naturalmente na família Isley, e o sucesso não parou mais, ate o titulo do disco em 1973 fez referencia a integração dos caçulas “3 + 3”, outros discos como Get Into Something (com a faixa-título, “Keep On Doin’” e “Freedom”), The Brothers: Isley (com “I Turned You On” e “The Blacker The Berrie”) e Brother Brother Brother (com a faixa-título, “Lay Away” e “Work to Do”).
Excelentes discos e muito sucesso durante as décadas de 50,60 e 70, até meados de 1985, quando o grupo tomou um choque com a saída dos três caçulas para lançarem o famoso e clássico dos bailes “Caravan of Love como Isley Jasper Isley”. Parecia o fim de uma união de longa data, com laços familares fortissimos e uma auto confiança de dar inveja a mauitos, ate que Kelly dormindo deixa a familia.
Em 1986 com a morte do primogênito Kelly, fez com que os Brothers se unissem novamente, já que a separação interferiu alem da banda chegando na família, Rudolph se dedicou a igreja e abandonou o cenário musical, os caçulas partiram para trabalhos paralelos. Mesmo longe da mídia, a familia Isley é uma referencia para muito artistas até hoje, passaram por varias mutações tanto familiares quanto de estilos, do doo-wop, Rock in roll, Rhythm and blues, Soul e Funk, mantiveram essência e o respeito a uma ideologia de vida! “It’s your thing/ Do what you wanna do”.
Texto By Fhenso
O resgate do “Original Funk Music”
Após a década de 80 com a chegada de novas vertentes, houve uma invasão de novos estilos e ritmos musicais, o “Original Funk” entrou em coma profundo e respirou por aparelhos por muitos anos, poucos artistas evoluíram com as exigências impostas pelos novos padrões.
Surgiu então alguns estilos novos de FUNK como: EletroFunk, Miami, Deep Funk, Neo Soul entre outros e o tal “FUNK Carioca” que de Funk não tem nada.
Acredito que tudo tenha declinado com a prisão do “The Hardest Working Man in Show Business”, assim era como o chamavam, Mr. Dynamite, James Joseph Brown Jr, (JAMES BROWN), deixou um vazio e abriu espaço para as novas vertentes, principaçmente a onda dos electro, outra influencia forte, principalemnte aqui no Brasil foi o fim das grandes equipes de bailes como Chic Show, Zimbabwe, Circuit Power, Ademir Formula 1, Kaskatas, Furacão 2000 etc…
Houve uma ruptura de personalidades, muitos fervorosos e idealistas em suas origens, deixaram-se levar pela onda de transformação com o passar dos anos.
Com a disseminação do seu nome em falso, “ORIGINAL FUNK” para “FUNK Carioca” a troca de identidade caiu como uma luva para nova geração, que dissemina popularizando mundialmente.
A busca pela originalidade que existe do Original, ficou difícil, mas não impossível, o caminho é igual a uma FENIX, resurgir e retomar seu verdadeiro lugar, hoje temos de volta grandes cantoras e bandas voltando a gravar, usando a tecnologia para melhorar o que já era quase impossível de melhorar, a mistura do novo com o experiente, a fusão de conhecimento e novas técnicas, temos os exemplos, Sharon Jones, Charles Bradley, Gap Band, Earth, Wind & Fire, entre tantos.
Estes anos de obscuridade ou vamos dizer, repouso temporário, fez com que sua identidade fosse quase esmagada pela nova geração, ainda mais quando “roubaram” o seu próprio nome, colocaram sua dignidade em desconfiança, tanto que muitos amigos desta geração desconhecem o “Original”, acreditam que o nome seja do movimento cultural que existe no Rio de Janeiro e expande pelo mundo, mas a historia não é bem assim, o verdadeiro inicia-se em meados de 1969 quando James Brown lança a faixa “Funky Drummer ” a musica mais sampleada do mundo!
Nascia o ORIGINAL FUNK MUSIC.
Foram anos incríveis, historias, tivemos bandas majestosas, multi-instrumentistas excepcionais, uma sonoridade inconfundível a qualquer leigo, hoje varias bandas surgiram em diversos países, não mais localizado apenas nos EUA e estas tentam resgatar a cultura e filosofia dos anos magistraias do FUNK SOUL.
No final da década de 90 algo estava preste a mudar, o “Original Funk” voltou a ser ouvido e tocado, começou a despontar algumas caras novas no cenário, com a mesma essência e novas misturas.
Hoje temos bandas incríveis como The Dap-Kings, The Sugarman Three, The Budos Band, The Poets of Rhythm, The Daktaris, The Mighty Imperials e uma das melhores bandas do genro na atualidade, Menahan Street Band… diretamente do Brooklyn, assim como a gravadora Daptone que há 10 anos vem fazendo um trabalho árduo em juntar e misturar estes artistas e seus estilos.
O fato é que tanto lá fora na “Gringa” quanto aqui no brasil, estamos em franca evolução no quesito de resgate as suas verdadeiras origens, temos o Gerson King Combo com disco novo e documentário, relançamento de disco raro do Di Melo, Hildon gravando seu primeiro DVD, Disco de vinil do Tim Maia Racional sendo relançado, Almir Ricard, Toni Tornado se apresentando em shows por todo pais, a cena que é forte em minas com o quarteirão do Soul, o movimento em São Paulo sendo mais divulgado com King Nino Brown, Nelson Triunfo, programas de TV como os do Hip-Hop do Buzzo ( SPTv ), Manos e Minas ( TV Cultura ), as rádios da Web fazendo a diferença, bandas como Funk Como Le Gusta expondo e misturado a musicalidade, os Precursores do samba-rock, Clube do Balanço com discos autorais sempre com musicos excepcionais nos instrumentais, nossos amigos DJs da Black Music que sempre tocam os chamdos clássicos nas festas, enfim, o resgate do Original esta em plena evolução para voltar ao lugar que jamais deveria ter sido tomado pelo lastimavél “Miami Versão brasil” que muitos insistem em chamar de “FUNK” o Carioca.
Texto By Fhenso